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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Definição das comissões fica para depois do Carnaval



A escolha dos membros das comissões permanentes e a eleição de seus presidentes só serão concluídos no fim do mês. As articulações entre os partidos para a distribuição dos cargos não avançaram esta semana, principalmente devido a dúvidas a respeito da representação proporcional das legendas, aspecto que já causou divergências na eleição da Mesa do Senado.
O senador Eunício Oliveira (CE), líder do PMDB e principal responsável pelas negociações da distribuição das presidências das comissões, conversou, durante a semana, com líderes de todos os partidos na Casa em busca de um entendimento. No entanto, a oposição demonstra desconfiança em relação ao processo. Na formação da Mesa do Senado, PSDB, PSB e DEM, que entendiam ter direito a cargos, ficaram de fora.
— Foi um golpe difícil de ser assimilado pelo Congresso Nacional. Foi uma manobra muito grave, porque a Mesa deve representar o Senado, e não um grupo de senadores — questiona o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que será indicado por seu partido para presidir uma comissão.
Na última terça-feira (10), o presidente do Senado, Renan Calheiros, cobrou em Plenário que os líderes alcancem rapidamente uma conciliação e façam suas indicações.
— Faço um apelo aos líderes. É muito importante que eles ultimem essas indicações para que possamos rapidamente realizar a escolha dos presidentes — disse.
Possíveis nomes
Pelas regras da proporcionalidade, o PMDB, dono da maior bancada, com 18 senadores, terá direito a ser o primeiro a escolher a comissão que quer presidir. Deverá optar pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). O partido ainda não sinalizou quem será o indicado.
O segundo partido a escolher a presidência de uma comissão será o PT (14 senadores), que provavelmente ficará com a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). A indicação da bancada será disputada pelos senadores Gleisi Hoffmann (PR) e Delcídio do Amaral (MS).
O líder do partido, Humberto Costa (PE), espera conseguir chegar a uma decisão consensual.
— Vamos tentar construir entendimento para que haja apoio unânime da bancada a um único nome. Mas, se formos obrigados a fazer votação, ela acontecerá democraticamente — assegura.
O PT deve presidir ainda a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). O nome já acertado para o posto é o do senador Paulo Paim (RS). O PMDB também terá direito a presidir mais uma comissão, mas ainda não definiu qual.
Terceira maior bancada, com 11 senadores, o PSDB aguarda os critérios para indicações, mas deve optar pela Comissão de Relações Exteriores (CRE).
Entre os demais partidos que terão direito a presidências de comissões, o único que manifestou preferência foi o PSB, que quer indicar o senador Romário (RJ) para a Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).

Agência Senado

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