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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

STF autoriza investigação de Mercadante, Aloysio Nunes e Haddad




O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizou a investigação do ministro da Educação, Aloizio Mercadante (PT), do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), candidato a vice do também tucano Aécio Neves na eleição de 2014, e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT).

Em sua decisão, Mello aceita pedido da PGR para investigar os três por suspeitas de envolvimento deles em irregularidades apontadas por delatores do esquema de corrupção na Petrobras investigado pela operação Lava Jato. Essas irregularidades, no entanto, não têm necessariamente ligação com os fatos apurados na Lava Jato.

Os nomes de Mercadante e de Aloysio Nunes teriam sido citados na delação do dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, cujo conteúdo vazou. Ele teria mencionado o repasse de recursos para o ministro e o senador.

À época do vazamento, ambos negaram irregularidades e disseram que o dinheiro recebido da UTC foi doação legal de campanha.

Nesta quarta, o advogado Pierpaolo Cruz Bottini, que representa Mercadante, afirmou que a decisão de Mello não representa uma nova investigação, mas sim a prorrogação de um inquérito já em andamento.

"Celso de Mello só autorizou a prorrogação do inquérito que já existia", disse o advogado à Reuters. "Não é uma investigação nova."


O ministro do STF também aceitou, na mesma decisão, os pedidos para investigar o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, o ex-senador e ex-ministro Hélio Costa, ambos do PMDB; e o ex-deputado federal Valdemar Costa Neto (PR).

Mello também acolheu o pedido da Procuradoria ao determinar o arquivamento dos procedimentos contra os deputados federais Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), e Luiz Sérgio de Oliveira (PT-RJ), e contra o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner (PT), por "inexistirem elementos" contra eles.

Procuradas, as assessorias da prefeitura de São Paulo e do senador Aloysio Nunes não comentaram imediatamente a decisão do Supremo.

(Por Eduardo Simões)

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