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terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Opositores pedem audiência com Lewandowski por agilidade no impeachment




Lideranças dos principais partidos de oposição da Câmara decidiram,  em reunião realizada nesta terça-feira, 23, pedir uma audiência com o  presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para  cobrar celeridade na análise dos recursos apresentados no processo que  trata sobre o rito do impeachment.

"Decidimos fazer uma  visita da oposição ao presidente do Supremo para pedir agilidade na  votação dos embargos para que a gente possa voltar a funcionar. Não  podemos mais aceitar que o Brasil fique complemente paralisado, a  atividade industrial completamente parada, o Congresso e o governo  paralisados", afirmou após o encontro o presidente do Solidariedade,  deputado Paulo Ferreira da Silva, o Paulinho da Força.

"Estamos  decidindo ir ao Supremo Tribunal Federal para que o Supremo delibere  sobre os embargos apresentados pela Câmara no sentido de tomar uma  posição. Até porque continuamos a dizer que foi uma decisão equivocada  do STF", acrescentou o líder do PPS, Rubens Bueno (PR).

No  início deste mês, a Mesa Diretora da Câmara apresentou recursos ao STF  que questiona trechos da decisão da Corte, preferida em dezembro do ano  passado, sobre o rito a ser obedecido no processo de impeachment.


Manifestações
No  encontro desta terça, que também contou com a participação de  lideranças do DEM, PSB, deputados do PMDB e representantes do Movimento  Brasil Livre (MBL), ficou decidido ainda que os opositores vão apoiar as  manifestações pró-impeachment, previstas para o próximo dia 13 de  março.


Lideranças dos partidos de oposição consideram que a  mobilização do próximo mês ganhará mais força após o pedido de prisão  do publicitário João Santana, responsável pelas últimas três campanhas  presidenciais do PT, decretado ontem na 23ª fase da Operação Lava Jato.  Santana e a mulher, Mônica Moura, que também teve pedido de prisão  decretado, desembarcaram pela manhã no Brasil e se entregaram à Polícia  Federal.


"Os últimos acontecimentos (prisão de João  Santana) geraram novamente uma comoção no País. Até porque o Santana,  mais do que um marqueteiro, é o principal conselheiro da presidente  Dilma. Ela ouve mais o João Santana do que o próprio ex-presidente Lula.  É uma pessoa que frequenta não apenas o Palácio do Planalto, mas a  intimidade do Palácio da Alvorada e que tomou conta. Primeiro foi o  tesoureiro nacional que foi preso e condenado, agora é o marqueteiro",  ressaltou o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy.

Na  reunião também ficou decidida a criação de um comitê pró-impeachment,  ainda sem previsão de iniciar as atividades, mas que deverá atuar na  organização de ações em todo o País a favor do afastamento da presidente  Dilma.



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