quinta-feira, 2 de julho de 2015

Qual o melhor caminho?




Diante da polemica ou mesmo celeuma gerada em torno da redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, vê-se manifestos contrários e revoltosos, como se a mudança na lei fosse imperativa ao ponto de massacrar os jovens, tal qual o fazem o crime organizado e o trafico.

Se em outros países a redução serve de advertência para os adolescentes tentados ou vocacionados ao crime, por que não no Brasil. Aqui todo mundo tem pena de quase tudo, mas age pouco ou quase nada em ações de defesa a essa classe a qual denominamos de “futuro do Brasil”.

Os que estão contrários, como manteriam sua postura se, de repente, não mais que de repente, uns meninos de 10 ou 12 anos, de 13 ou 14, de 15 ou 16 anos, invadissem o seu lar, com uma arma em punho, chamassem você de vagabundo, desrespeitassem sua mulher, agredissem seus filhos, roubassem tudo o que pudessem, isto, apenas, se não deixassem um  rastro de sangue? Você continuaria a favor?

Você e a favor de que os menores atendam aos preceitos das leis ou as ordens dos marginais que os aliciam ao crime no esplendor da juventude? A insatisfação do governo, o medo do governo de que essa antecipação aconteça vêm justificados pela falta de estrutura, atenção e respeito pela classe jovem, para a qual o país não tem um programa consolidado de formação.

Nada e mais belo, mais forte, mais expressivo e adorável do que o esplendor da juventude. Ninguém supera a força dessa gente bonita.  É maravilhoso a gente poder abraçar um filho ou uma filha, dizer que o (a) ama, todos os dias, mas também é triste, doloroso, péssimo, ver esse filho ou essa filha com a mente atormentada, com o direito cassado e a vida arrendada por alguma facção.

Toda liberdade precisa de regras, todo sentimento tem causa. Somente a família pode salvar seus membros, se render-se a necessidade de que todos se cuidem, se respeitem se possível se amem e possam viver em harmonia com a sociedade. Filhos que os pais levam para a escola, para a igreja e os premiam com bons exemplos, dificilmente serão marginalizados ou sequer saberão da existência dessa lei que reduziu a maioridade. 

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