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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
Psol, PSDB e PPS recusam passagem para cônjuge na Câmara
Lideranças de três bancadas (Psol, PSDB e PPS) anunciaram que seus parlamentares não farão uso da verba de passagens aéreas da Câmara para transportar seus cônjuges entre as cidades de origem e Brasília. O benefício foi estendido a esposas e maridos de deputados e deputadas ontem (25), por decisão da Mesa Diretora.
Desde 2009, quando estourou o episódio da farra das passagens, revelada pelo Congresso em Foco, o acesso ao recurso está restrito a parlamentares e assessores. Na mesma reunião, a Mesa aprovou pacote de aumentos para verba indenizatória, cota para o exercício da atividade parlamentar (Ceap) e auxílio-moradia.
“Quem vê, pensa que estamos surfando no paraíso econômico e não em uma conjuntura de crise, na qual os trabalhadores estão pagando a conta”, criticou o líder do Psol, Chico Alencar (RJ).
O líder do PSDB na Casa, Carlos Sampaio (SP), disse que os deputados tucanos não farão uso de verba pública para transportar cônjuges e classificou o novo benefício como uma “vergonha”. “É inaceitável que, num momento em que a sociedade é penalizada com o aumento de impostos e alta nos preços, conceda-se esse privilégio aos parlamentares”, afirmou. “O PSDB não fará parte dessa vergonha, também em respeito aos próprios cônjuges de seus parlamentares”, acrescentou.
Já o líder do PPS, Rubens Bueno (PR), disse que a decisão da Mesa não é “moralmente aceitável”, sobretudo no momento em que o país discute políticas de ajuste fiscal e a redução de benefícios trabalhistas. “Somos solidários com o momento por que passa a população brasileira”, afirmou Bueno.
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