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quinta-feira, 3 de julho de 2014

Sessão solene homenageia 10 anos da morte Leonel Brizola



Há dez anos, morria Leonel de Moura Brizola, um dos importantes políticos que o Brasil teve, especialmente após a redemocratização. Brizola foi governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro em momentos diferentes da vida brasileira e se notabilizou pela criação dos Cieps, famosos Centros de Educação Integral do Rio de Janeiro. Também tentou ser presidente da República, sem sucesso. A Câmara prestou homenagem hoje a Brizola, com a participação de deputados de diversos partidos, além do que ele criou, o PDT.

Leonel de Moura Brizola nasceu em 1922, no povoado de Cruzinha, no Rio Grande do Sul. Entrou no recém-fundado Partido Trabalhista Brasileiro, o PTB, em 1945, para apoiar a política social de Getúlio Vargas. Vinha de uma infância pobre, o que o identificava com a classe trabalhadora. No PTB, Brizola cresceu e se afirmou como principal líder estudantil de esquerda. Foi o deputado estadual e depois federal mais votado do Rio Grande do Sul, se tornou secretário de Obras e prefeito de Porto Alegre. Aos 36 anos, foi eleito governador do estado. Seu plano revolucionário de escolarização arrancou os gaúchos do analfabetismo e jogou o Rio Grande na vanguarda da educação brasileira. Na sessão solene de hoje, a deputada Maria do Rosário, gaúcha, do PT, falou sobre diversas conquistas do Brizola daquela época.

Também durante a homenagem, o deputado André Figueiredo, do PDT do Ceará, lembrou que foi Brizola quem comandou - quando o presidente Jânio Quadros renunciou, em 1961 - a resistência civil às pretensões golpistas dos militares e segmentos conservadores que queriam impedir a posse do vice-presidente constitucionalmente eleito, João Goulart. Era a chamada "Campanha da Legalidade", feita por meio de uma rede de rádios, de dentro do Palácio Piratini, sede do governo gaúcho.

Com o golpe militar de 64, Brizola foi cassado e se exilou. Na volta com a Anistia, perdeu a sigla PTB e criou o Partido Democrático Trabalhista, o PDT. Na solenidade, o petista por São Paulo Eduardo Suplicy lembrou um episódio daquela época.

Na condição de um dos líderes da oposição ao governo militar, foi eleito governador do Rio de Janeiro, em 82. Levou para os morros cariocas os Cieps, escolas de educação integral. Tentou por três vezes, sem sucesso, chegar à Presidência da República. Ao morrer de infarte, em 2004, aos 82 anos, Leonel Brizola entrou para a história como o político das lutas pela democracia e pelas conquistas sociais, especialmente a educação.

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