sábado, 6 de maio de 2017

Conexão entre Rio e Ceará busca democratizar a dança



A democratização da dança e a troca de experiências entre profissionais de dois estados é o objetivo do projeto de ocupação Conexão Dança Ceará/Rio de Janeiro, que até o próximo dia 14 toma conta do Teatro Cacilda Becker, espaço da Fundação Nacional de Arte (Funarte) no bairro do Catete, zona sul do Rio.

A programação, aberta na quarta-feira (3), conta com oficinas, palestras e debates gratuitos, além de espetáculos a preços populares, todos por iniciativa da Associação Dança Cariri, criada em Juazeiro do Norte (CE), em parceria com a Funarte.

No Cariri, região onde o grupo tem sede, o intercâmbio já ocorre por meio da Semana Dança Cariri, que realizou em abril sua oitava edição. É a primeira vez que o projeto chega ao Rio de Janeiro, reunindo companhias de dança e bailarinos dos dois estados.

De acordo com o cearense Alysson Amâncio, idealizador do projeto, o Rio mantém uma relação estreita com a dança cearense desde os anos 70, quando os bailarinos e coreógrafos Dennis Gray e Jane Blauth se mudaram da capital fluminense para Fortaleza e implantaram a Escola de Dança do Sesi. “Muitos bailarinos do Ceará mudaram para o Rio em busca de uma formação mais aprimorada, bem como muitos professores e grupos cariocas estiveram pelo Ceará para ministrar oficinas e realizar espetáculos”, conta.

Opções para o público

São três espetáculos cariocas – Delicadeza, da Cia da Ideia, Sobre cisnes, de Giselda Fernandes, e O céu de Basquiat, da Marcio Cunha Cia de Dança Contemporânea – e dois cearenses – Mulata, da Cia Dita, e Manga com Leite, da Cia Alysson Amâncio – com apresentações de quarta-feira a domingo, sempre às 20h, até o final do evento.

Em O Céu de Basquiat, o intérprete e criador Márcio Cunha apresenta um espetáculo que trata de discriminação, preconceito e sociedade, inspirado no universo instigante das obras do pintor neo-expressionista norte-americano Jean Michel Basquiat (1960-1988).

Já o espetáculo Mulata marca as comemorações dos 50 anos de vida e 40 de dança da bailarina cearense Wilemara Barros e ganha narrativa com o corpo e a voz da artista. Ainda na programação, serão realizadas oficinas de balé clássico e dinâmica muscular, aula de dança contemporânea, e no último dia (14), às 16h, um debate sobre políticas e micropolíticas de circulação da dança no Brasil, com coreógrafos convidados.

Edição: Kleber Sampaio

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