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quarta-feira, 1 de julho de 2015

Antes de ocorrer, ida dos Ferreira Gomes para o PDT causa mal-estar




A filiação ainda nem foi anunciada, mas já tem adversários de peso. O senador Cristovam Buarque, candidato à Presidência da República em 2006, afirmou que o ingresso do grupo dos ex-governadores Cid e Ciro Gomes (ambos do Pros) “seria mais um passo na descaracterização do partido”. De acordo com ele, os dois não têm afinidade com o que ele “gostaria que fosse” o PDT.

Segundo Buarque, a negociação estaria sendo feita na surdina e nem ele nem nenhum dos senadores trabalhistas com os quais conversou estaria a par das discussões. “É muito ruim a gente saber dessas coisas pela imprensa”, declara. Segundo ele, a única notícia que havia era de negociações com Roberto Cláudio. No próximo sábado o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, virá para o Ceará. Na agenda, encontro regional em Aracati e a possibilidade de anunciar oficialmente a entrada do grupo cidista na legenda.

Outra questão a ser solucionada é a permanência do PDT na base do governo Dilma Rousseff (PT). O partido tem votado contra o Palácio do Planalto no Congresso em grande parte das matérias do ajuste fiscal e, de acordo com fontes do partido, a tendência é deixar o campo governista e migrar para posição de independência. O grupo de Cid não parece disposto a seguir esse caminho. “Nós estamos na base aliada”, afirma o deputado. Permanecer ao lado do governo foi a razão para a ruptura dos Ferreira Gomes com o PSB. Enquanto o então presidente do partido, Eduardo Campos, saiu para disputar a Presidência, Cid e Ciro permaneceram fiéis ao governo.

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