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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Partidos políticos perdem cada vez mais credibilidade entre brasileiros



Os partidos políticos vêm perdendo cada vez mais a simpatia dos eleitores brasileiros, principalmente dos jovens. Uma pesquisa realizada pela Datafolha e publicada há uma semana demonstra a insatisfação e a descrença nas instituições partidárias no Brasil, quando aponta que 71% dos entrevistados não têm preferência por partidos políticos.

No cenário nacional, segundo a pesquisa do Datafolha, o PT, partido da presidente Dilma Rousseff, foi apontado com 12% da preferência. O PSDB, principal sigla de oposição, vem em seguida, com 5% da preferência. No último levantamento, em dezembro de 2014, o PT tinha 22% das preferências e o PSDB tinha 7%. O PMDB se manteve estável em 4%.
O desinteresse pelas legendas partidárias revela, no entanto, o “fundo do poço” das agremiações que reúnem filiados para conquistar mandatos. Para o deputado petista José Ricardo, essa pesquisa tem que ser motivo de reflexão quando, em Brasília, se pretende fazer uma reforma política, instalando uma comissão própria para esse fim, e vários segmentos da sociedade civil estão coletando assinaturas para apresentar um projeto de iniciativa popular com propostas também para essa reforma.
“Nós precisamos fortalecer os partidos políticos e uma das propostas da sociedade é nessa linha de valorizar o partido, o programa partidário, as propostas do partido antes da pessoa, do candidato, daquele político conhecido. Hoje estamos colocando à frente as pessoas e não o programa partidário. Então, o cidadão eleitor vota na pessoa, e chega a ser comentado que é uma tradição votar no candidato e não no partido, mas precisamos trabalhar para mudar essa realidade. O partido é uma instituição com ideias e propostas e elas precisam ser conhecidas, depois vêm as pessoas que vão defender tais propostas”, detalha o deputado.
Para o deputado Carlos Alberto (PRB), o resultado dessa pesquisa demonstra o quanto a classe política precisa trabalhar para conquistar a confiança das pessoas. “Precisamos, realmente, conquistar, entre outros objetivos, a confiança da população com relação aos partidos políticos e não ficar estagnados ou de braços cruzados, sem traçar linhas de ações que tirem da visão do povo as desconfianças sobre os partidos políticos”, defendeu o republicano.

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