Por Claudio Teran
Um cidadão comum não compra imóvel próprio. Estou falando dos que ganham mal e não tem como poupar. A maioria.
Essa gente pode adquirir um carro, sem entrada (e juros cruéis) em até 5 anos ou mais. Paga duas vezes pelo bem, e leva.
Mas não tem como comprar a sonhada casa própria sem entrada; sem juros e pelo valor que realmente vale porque o Sistema Financeiro de Habitação não cobre.
Nunca cobriu. Desde a ditadura é do mesmo jeito. Os heróis que conseguem o financiamento recebem 80% do valor. E essa quantia é calculada pelo que a Caixa acha que o imóvel vale, ou seja, abaixo do preço real.
Sem saída, morre-se no aluguel. Mutuário ou locatário, a vida é sem privilégios.
É um mundo diferente de onde vive o ministro Geddel. Além de ter muita grana para comprar na planta e à vista um apartamento de luxo (2,6 milhões) em área ilegal o cara tem poder para agir caso alguma coisa de errado com o negócio.
É um sujeito com força para pedir ajuda ao Presidente da República, que prontamente para seus afazeres para ajudar seu ministro e amigo a fazer o negócio do AP andar.
Incrível, não!? É sui generis o Brasil.
Aqui não é o cachorro que balança o rabo. O rabo é que balança o cachorro e nós vivemos em Black Friday eterna.
Black fraude...
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