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sábado, 13 de dezembro de 2014

COLUNA MÁXIMAS & MÍNIMAS - CORREIO DA SEMANA




Chora mais Dilma
Dilma chorou, chorou e chorou ao receber o relatório da Comissão Nacional da Verdade. Vendo a presidente chorar o povo aplaudiu, aplaudiu e aplaudiu. O relatório atribui 377 crimes praticados durante os 21 anos do país em poder dos militares. "Bonito" o gesto da presidente, muito embora eu nunca a tenha visto chorando pelos mortos da Correição Nacional da Realidade, que totaliza o número aviltante de mais de 50.000 mortes violentas por ano, sem que o governo esboce qualquer tipo de reação. Se a presidente chora por 377 do passado, os mais de 50.000 do presente devem fazê-la berrar.
Em 2012, 112.709 pessoas morreram em situações de violência no país, segundo o Mapa da Violência 2014, divulgado no dia 2 de dezembro. O número equivale a 58,1 habitantes a cada grupo de 100 mil, e é o maior da série histórica do estudo, divulgado a cada dois anos. Desse total, 56.337 foram vítimas de homicídio, 46.051, de acidentes de transporte (que incluem aviões e barcos, além dos que ocorrem nas vias terrestres), e 10.321, de suicídios.
Entre 2002 e 2012, o número total de homicídios registrados pelo Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, passou de 49.695 para 56.337, também o maior número registrado. Os jovens foram as vítimas em 53,4% dos casos, o que mostra outra tendência diagnosticada pelo estudo: a maior vitimização de pessoas com idade entre 15 e 29 anos. As taxas de homicídio nessa faixa passaram de 19,6 em 1980, para 57,6 em 2012, a cada 100 mil jovens.
Pensamento

“A gente vive em eterna ditadura, sonhando com a liberdade que não se sabe a cor. Somos obrigados a tantas coisas, que dizer que somos livres de todo é ser hipócrita vocacionado”. Silveira Rocha

Técnicos à toa
O Tribunal Superior Eleitoral aprovou com ressalvas nesta quarta-feira (10) a prestação de contas da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff neste ano. Todos os sete ministros votaram com a mesma orientação. O resultado não impede a diplomação da petista, que deve ocorrer no próprio TSE no próximo dia 18. O TSE deveria aproveitar e aposentar os técnicos que defenderam a rejeição das contas. Como esses técnicos se atrevem a duvidar da santidade desse governo?
Operações de nada
Se há uma coisa, hoje, que chega a embrulhar o estômago dos brasileiros lúcidos, esta se chama Operação Lava Jato, um puxa-encolhe que leva muita gente à inquisição, à cadeia, porém não leva o dinheiro roubado de volta para os cofres públicos. Todas as operações são iguais no aspecto da encenação e dos resultados vergonhosos. Lava Jato, porém não lava as mãos sujas nem a cara de pau dos ladrões do Brasil.
Fora de circulação
O deputado André Vargas teve seu mandato cassado pela Câmara Federal. Mesmo antes do desfecho o parlamentar já passava mal em um hospital. Vargas é acusado de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef. A cassação deixa o caminho aberto para que os demais parlamentares beneficiados com o dinheiro sujo da Petrobras também sejam cassados. O número de envolvidos é tamanho, que poderá ocorrer o fato inusitado do caçador virar caça, e também da Câmara ser esvaziada.

Norma ou besteira?
As mulheres que gostam de vestidos curtos estão impedidas de fazer visitas no Hospital Regional de Sobral. A Coordenação do hospital exige que a vestimenta tenha um comprimento que passe de um palmo abaixo do joelho. Alguém pode explicar? Isso é norma legal ou é coisa de muçulmano mesmo? Alguém explica?
Perguntado a Freud
O amigo, fotógrafo Hudson Costa, assim como eu e todos os demais leigos curiosos e desconfiados, gostaria de saber aonde se encontra no Código Nacional de Trânsito o artigo no qual está escrito que o pisca-alerta é um dispositivo que lhe dá direito a estacionar em qualquer lugar. Em Sobral o tal dispositivo é tão poderoso, que o motorista pode se dar ao luxo de parar o carro e ficar trocando beijocas com a namorada. Nesta terra tudo pode, pois é sem lei e sem rumo.
Tapas e beijos
Os deputados Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Maria do Rosário (PT) baixaram o nível e os adjetivos defectivos chegaram ao nível de “estuprador” (ele) e “vagabunda” (ela). Uma petição na Internet pede a cassação do deputado, que tem se destacado por ter a língua solta. O embate dos parlamentares retrata o momento político do Brasil, sem moral, sem ética e sem vergonha. Dou um no outro e não peço torna.
Conversa fiada
Próximos da diplomação para exercer mandato que inicia em 2015, o governador eleito Camilo Santana, a vice Izolda Cela e alguns deputados estão tendo suas vitórias questionadas pelo Ministério Público por possíveis irregularidades na campanha. Eles ainda não foram notificados. As punições variam de multas por conduta vedada à cassação do diploma dos eleitos, caso se confirme a compra de votos. Aposto um cambo de piabas como não vai acontecer coisíssima nenhuma com nenhum dos eleitos. É só jogo e nada mais.
Pé de incompetência
As obras do Parque do Mucambinho estão sofrendo do mesmo mal que acometeu a Vila Olímpica, a Igreja da Sé, e agora às praças da cidade: indisposição. É preciso que se coloque essa gestão debaixo de uma cuia e dê umas batidas para ela acordar. Sobral está despencando em alguns dos aspectos que antes apontavam para o crescimento. Plantaram um pé de incompetência no Paço.
Vai ou não?
O educador e empresário do Grupo Gorj,  Oscar Rodrigues Júnior, além das muitas atribuições que acumula das cerca de 20 empresas do grupo que comanda, ganhou uma nova ocupação: responder se será ou não candidato a prefeito de Sobral em 2016. Sempre com o ar de quem nunca foi apresentado à tristeza, o empresário diz aos seus interpeladores que “seria um prazer muito grande ser prefeito de uma terra tão querida como Sobral, mas eu não posso ser candidato de mim mesmo. Uma candidatura desse porte tem que nascer a partir da aprovação popular, e na hora certa”, responde.


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