quinta-feira, 3 de julho de 2014

Carlomano diz que Judiciário é mais desgastado do que Legislativo





O deputado Carlomano Marques (PMDB) fez pronunciamento nesta quarta-feira (02/07), durante o segundo expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa, para contestar opinião do deputado Professor Pinheiro (PT), que disse ser o Poder Legislativo o mais desgastado perante a opinião pública. De acordo com Carlomano, esse desgaste é fruto da transparência e não dos fatos. Para ele, há muito mais efeitos negativos produzidos pelo Judiciário do que pelo Legislativo.      


Carlomano destacou que há cerca de 700 mil detentos, mais da metade da população carcerária, que estão presos sem nenhuma acusação formalizada. Enquanto isso, o Bispo Rodrigues, ex-deputado federal do PL, passou 32 dias preso por causa do desvio de dinheiro público, conhecido como o Caso das Sanguessugas. “Depois disso, Rodrigues reincidiu e foi apenado com seis anos e seis meses. Mas está agora em uma  mansão, no Lago Sul em Brasília. Ele tem 10 estações de rádio e televisão. Isso é exemplo que o Poder Judiciário, dê a Nação”?, indagou o deputado.
De acordo com Carlomano, qualquer brasileiro, com um pouco de curiosidade política vai encontrar três símbolos da corrupção: “Ademar de Barros, com o slogan rouba mas faz. O segundo é Paulo Maluf, onde o PT inventou até o verbo malufar, sinônimo de roubo. E o terceiro é o ex-deputado Valdemar Costa Neto”. 

Valdemar Costa Neto, segundo Carlomano, é muito mais corrupto do que o ex-deputado Roberto Jeferson. “Era do PL, se envolveu em um escândalo atrás do outro, se filiou ao PR, e mesmo condenado ainda está em liberdade por decisão do Supremo Tribunal Federal”. Apesar disso, conforme Carlomano, ele ainda negociou uma coligação em apoio à Dilma Rousseff.

Segunda ainda o deputado, por decisão judicial, estão soltos José Dirceu e Delúbio Soares, além de Valdemar e o Bispo Rodrigues. Prevendo ainda que possivelmente em 30 dias Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara Federal, também estará livre.

Em aparte, o deputado Antonio Carlos (PT) disse que é preciso se aprofundar na discussão sobre a história da corrupção do país que não é recente. 


Segundo ele, é fato que muitos “vigaristas e patifes” estão soltos, mas o debate é muito mais amplo. O deputado frisou ainda que é preciso deixar claro para a opinião pública os vários aspectos que envolvem determinadas posições do PT, citando como exemplo a decisão da sigla de expulsar filiados porque não seguiram a decisão tomada quanto a não participação do partido no colégio eleitoral que elegeu o presidente Tancredo Neves. Para Antonio Carlos, a decisão foi acertada já que havia uma orientação maior da sigla discutida com seus integrantes, e que foi descumprida pelos parlamentares expulsos.        


Agência de Notícias da Assembleia

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